sábado, 20 de outubro de 2012

As 7 Portas do Inferno - Terceira porta: A Profanação do dia do Senhor


  



A santificação do domingo comporta duas coisas: a cessação do trabalho e a oração.
Aos domingos não se pode trabalhar sem necessidade ou por motivo justo: ''Trabalhareis duran-
te seis dias, disse outrora Deus aos israelitas, mas ao sétimo dia não fareis nenhum trabalho,
nem vós nem vossos servos”. Trabalhar aos domingos é, pois, uma desobediência formal a Deus.
O trabalho do domingo é um desastre para o corpo, para a alma e mesmo para a fortuna.
As máquinas de bronze e de aço não podem trabalhar semanas e meses seguidos.Forçosamente,
de quando em vez, é preciso pararem, repousarem, senão arrebentam. Não somos de bronze,
nem de aço, somos de carne. Sem o repouso de oito em oito dias, dizem os sábios, os 
homens abreviam consideravelmente sua vida.
Quereis ver um povo sadio, forte, alegre? Vede as nações que respeitam o domingo.
Quereis ver um povo doentio, fraco? Considerai os países em que o dia do Senhor é profanado.
Quanto à alma, o trabalho ao domingo faz que o homem nem se lembre dela. Quem trabalha sem
cessar torna-se material como a terra que cultiva, como as máquinas que maneja, torna-se um animal,
um bruto.
Notou-se que os revolucionários, os criminosos têm-se recrutado principalmente entre os
profanadores do domingo.
Afinal nossos interesses temporais pedem que santifiquemos o domingo.
Se Deus não constrói a casa, diz o profeta, em vão trabalham os que a edificam.
O trabalho ao domingo é como o bem mal adquirido, atrasa. Deus não engana. Ora, disse
aos judeus: 
Guardareis o dia do Senhor e respeitareis meu santuário: se fizerdes estas coisas,
eu vos darei as vossas chuvas a seu tempo e a terra e as árvores darão o seu fruto;
comereis o vosso pão a fartar e habitareis seguros em vossa terra. Se, pelo contrário,
rejeitardes meus mandamentos, visitar-vos-ei em minha cólera, vossas árvores, vossos campos,
não darão seu fruto, farei que o céu seja como ferro e a terra como bronze, plantareis
debalde a vossa semente e vossos inimigos a comerão, as feras devorarão vosso gado,
mandarei a peste, a guerra, a fome”. Repousemos, pois, ao domingo e santifiquemos este dia
pela oração.
A oração obrigatória é a Santa Missa, para quem não tem um motivo justo de dispensa. 
Estes motivos são os seguintes: doenças, cuidados de crianças ou de doentes, grande 
distância da igreja (mais de uma hora de caminho, a pé), falta de companhia para senhoras,
 pobreza tal que a gente não possa se apresentar na igreja sem se envergonhar.
As mães que têm crianças pequenas, procurem alguém que possa substituí-las, para que,
 pelo menos de vez em quando, possam ouvir a Santa Missa.
Não esqueçamos que faltar à Missa por descuido, por preguiça, é pecado grave. Mau sinal,
péssimo sinal, perder a Missa aos domingos. Enquanto o homem aos domingos veste 
a roupa limpa, toma o caminho da igreja, assiste ao santo sacrifício, ouve a palavra
de Deus, há esperança. Embora este homem se tenha desviado de Deus, um dia voltará para ele.
Mas, quando o homem chegou a este ponto de embrutecimento que não faz mais distinção
 entre dia de serviço e dia de domingo, não há mais esperança. Não é mais cristão, 
não é mais homem, é animal. É a perda da alma, é o inferno.
Que dizer agora dos que não só profanam o dia do Senhor pelo trabalho e a perda 
de Missa, senão pelo pecado propriamente dito. Infelizmente, para muitos, o domingo
é o dia do pecado, da embriaguez, do jogo, do escândalo.
Que crime! Roubar a Deus o dia que ele reservou para sua glória e para nossa salvação, 
e consagrá-lo a Satanás pelo pecado!
O que digo do domingo, digo-o das festas que, muitas vezes, em lugar de serem festas
 dos santos, são festas do demônio, pela devassidão. Assim é que outrora os judeus
 celebravam os domingos e as festas e por isso Deus lhes disse: “Eu tenho horror de vossas festas, lançar-vos-ei em rosto as imundícies de vossas solenidades”. O que Nossa Senhora e os santos esperam de nós nos seus dias de festas não são músicas, foguetes, danças, jogos, orgias, 
mas orações fervorosas, confissão, comunhão. Só assim nos tornamos merecedores de seus favores.



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Continua com a quarta porta: A Embriaguez

As 7 Portas do Inferno: Introdução

Primeira porta: A Impureza

Segunda Porta: O Furto

Retirado do blog: http://catolicosribeirao.blogspot.com.br/

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